Redirecionamento

sábado, 30 de outubro de 2010

Daniel César: As péssimas estratégias dos candidatos na TV


El último cara a cara 
Falar de eleição não é uma tarefa fácil. Jornalistas gostam, há os que se dizem especialistas seja na TV, no rádio, na internet ou em quaisquer mídias. Porém, é uma tarefa difícil escrever dum tema complexo e que é considerado por estudiosos como uma ciência que precisa ser vista do ponto de vista puramente estatístico e histórico, o que quase nunca é feito, principalmente porque é quase impossível separar paixão por determinado candidato ou grupo para se fazer uma análise.

Por isto é tão difícil falar do tema. E, portanto, não quero entrar em detalhes sobre meu voto neste domingo. Tenho minhas crenças políticas e me basearei naquilo que sempre acreditarei para a melhoria do país ao ir às urnas neste dia 31, mas isso, não é uma verdade absoluta, é apenas minha visão e este é o charme da democracia.

Porém, Política vs. TV já não é algo tão complexo e que seja visto como ciência. Longe disso, é possível fazer uma análise tranqüila, equilibrada e que evite julgamentos do tipo “você escreveu isso por gostar de candidato a ou b”. E é disso que falarei.

O que se viu neste momento político do Brasil – que deveria ser histórico, já que é a primeira Campanha democrática brasileira sem a presença do presidente Lula como candidato – na TV não foi uma discussão pautada em ideais, crenças e projetos para o país. Ambos os candidatos optaram pela comparação.

Serra, se apoiou em sua biografia e dela ficou refém durante todo o segundo turno, no primeiro turno isso havia sido menor. Exagerou nas propagandas mostrando todos os cargos públicos que teve e tentando mostrar que sua oponente nunca havia sido eleita a nada e o não tinha currículo comparado ao dele.

Evidente que o currículo é importante, porém, não faz muita diferença o que ele foi ou deixou de ser. Importa mesmo o que ele é. O candidato errou ao não mostrar-se para a população como pessoa, como cidadão que tenta ajudar seu próximo exercendo um cargo público. Serra sempre foi acusado de ser elitista e distante e, ao não se mostrar do povo, cometeu um grave equívoco.

Dilma também se apoiou na comparação. Comparou o Governo Lula com o Governo FHC. Independente dela achar o atual melhor que o anterior, ela errou. Dia 1 de janeiro de 2011 Lula não será mais presidente e não adianta ela tentar se mostrar como extensão do Lula, ela não é e isso é perigoso para ela e também para ele – alguém lembra do Maluf e do Pitta? 

Além do que, Dilma cometeu erros de mostrar conquistas do Governo Lula na qual ela não teve nenhuma participação direta, apenas tentando induzir o telespectador a votar nela automaticamente por gostar do Lula. Pura balela. Dilma não se mostrou como uma pessoa preparada para exercer o principal cargo público do país.

E os ataques? O que foram os ataques? Serra partiu para cima de Dilma, Lula e das pessoas próximas a eles que estiveram envolvidos em corrupção nestes 8 anos. Serra não poupou nos ataques e transformou a Campanha num circo eleitoral, com direito a colocar a fé e religião no meio. Dilma, em contrapartida tentou a todo custo minimizar os corruptos que a cercam e maximizar corrupção na campanha do PSDB – que não se compara a corrupção com dinheiro público. Ela atacou Serra como pessoa em alguns momentos e isso mostrou seu completo descontrole emocional diante da crise.

A campanha eleitoral chegou ao fim e a torcida é que para quem vencer consiga governar o país melhor do que ambos governaram suas Campanhas. Porque, se a base forem as Campanhas do 2º turno, o Brasil está perdido.
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Um comentário:

  1. Falta de criatividade destes jornalistas de quinta!!Se pode se chamar de jornalismo isso!!

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